A Polícia Federal (PF) avança nas investigações sobre fraudes em concursos públicos, com foco agora em um dos pontos mais sensíveis do esquema: o dinheiro. O inquérito revela a atuação de uma organização criminosa familiar, com movimentações financeiras milionárias, e pode levar à responsabilização não apenas dos articuladores, mas também dos candidatos que pagaram para obter cargos públicos de prestígio.
Quebra de sigilo bancário vai rastrear fluxo de valores
Com autorização judicial, a PF obteve a quebra de sigilo bancário dos envolvidos, o que permitirá rastrear o fluxo de recursos que sustentou o esquema. As primeiras pistas surgiram em 2024, durante a Operação Before, deflagrada pela Polícia Civil da Paraíba.
Na ocasião, foram identificadas transações suspeitas entre:
- Wanderson Gabriel de Brito Limeira, filho do suposto líder do grupo
- Wanderlan Limeira de Sousa, apontado como articulador
- Bianca Paskelina Pereira Freire, candidata flagrada usando ponto eletrônico durante uma prova
Investigação busca desarticular rede criminosa
As autoridades acreditam que o mapeamento das transações financeiras será decisivo para comprovar o alcance da rede criminosa e identificar outros envolvidos. O objetivo é desarticular completamente o esquema, punindo tanto os organizadores quanto os beneficiários da fraude.
A PF reforça que a investigação segue em caráter sigiloso, com ações coordenadas em diferentes estados, e que novas operações podem ser deflagradas nos próximos dias.
Redação