Resultado marca quinta alta consecutiva; avanço foi puxado pelo setor de transportes
O setor de serviços registrou crescimento de 0,3% em junho, alcançando o maior patamar da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o quinto mês seguido de alta no índice.
Com o resultado, o setor acumula ganho de 2% entre fevereiro e junho e fecha o primeiro semestre de 2025 com crescimento de 2,5%. No comparativo de 12 meses, a expansão chega a 3%, enquanto em relação a junho de 2024 houve avanço de 2,8%.
O que puxou o crescimento
Segundo o IBGE, o desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelo setor de transportes, que avançou 1,5% em junho. O aumento foi reflexo da alta na receita das empresas de transporte rodoviário de cargas e transporte aéreo de passageiros.
As demais atividades, no entanto, tiveram variação negativa, com destaque para:
- Serviços prestados às famílias: -1,4%
- Outros serviços: -1,3%
- Serviços de informação e comunicação: -0,2%
- Serviços profissionais, administrativos e complementares: -0,1%
📊 Tabela – Desempenho por atividade (junho/2025)
Atividade Econômica | Variação (%) |
---|---|
Transportes, serviços auxiliares e correio | +1,5% |
Serviços prestados às famílias | -1,4% |
Serviços de informação e comunicação | -0,2% |
Serviços profissionais, administrativos e complementares | -0,1% |
Outros serviços | -1,3% |
Desempenho regional
Das 27 unidades da Federação, apenas 11 apresentaram crescimento em junho. As maiores altas foram observadas no Distrito Federal (+2,3%) e no Paraná (+0,8%).
Perspectivas para os próximos meses
De acordo com o IBGE, o setor de serviços já opera em um nível 18% acima de fevereiro de 2020, período anterior à pandemia.
Para o economista Adhemar Mineiro, da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (ABED), o resultado reforça a recuperação do setor:
“O setor de serviços cresce de forma sustentada há alguns anos, o que mostra que ele se recuperou depois da pandemia. Na economia brasileira atual, isso revela que o crescimento econômico acompanha o desempenho dos serviços.”
Mineiro pondera, no entanto, que o ritmo de expansão deve ser mais moderado:
“Com os juros muito altos, acaba-se evitando um dinamismo mais acelerado, não só do setor de serviços, como de toda a economia brasileira.”
📌 Fonte: IBGE / Brasil 61