Ação conjunta do MP, PF e SSP cumpre mandados em Salvador, Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos; parlamentar está foragido
A Polícia Federal, a Receita Federal, o Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Gaeco, e a Força Correcional Especial Integrada (Force/COGER/SSP-BA) deflagraram, nesta quarta-feira (1º), a Operação Estado Anômico, com o objetivo de desarticular uma sofisticada organização criminosa especializada em lavagem de capitais oriundos de jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outros crimes. O grupo atuava principalmente em Feira de Santana e cidades da região, além de Salvador.
O deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, é apontado como líder da organização criminosa e teve a prisão preventiva decretada. Ele não foi localizado até o momento e é considerado foragido.
Ações judiciais e estrutura da operação
Foram expedidos 10 mandados de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão nas duas cidades, além do bloqueio de R$ 9 milhões em contas bancárias dos investigados e a suspensão das atividades de uma empresa utilizada para ocultação de recursos ilícitos.
As medidas foram autorizadas pela 1ª Vara Criminal de Feira de Santana. Segundo a PF, os investigados utilizavam empresas de fachada e laranjas para movimentar valores e ocultar patrimônio.
A ação mobilizou 100 policiais federais, 11 auditores-fiscais e três analistas tributários da Receita Federal.
Nome da operação
O nome “Estado Anômico” faz referência a uma condição social caracterizada pelo enfraquecimento das normas e valores que regem a convivência em sociedade, provocando desorganização e incerteza entre os indivíduos.
Possíveis penas
De acordo com a Polícia Federal, a investigação seguirá para identificar outros envolvidos e fatos conexos. Caso sejam condenados, os investigados podem enfrentar penas que, somadas, ultrapassam 50 anos de prisão.
Desdobramento de operação anterior
A Operação Estado Anômico é um desdobramento da Operação El Patrón, deflagrada em dezembro de 2023, que já havia resultado em denúncias contra 15 pessoas, entre elas o próprio deputado e familiares, por envolvimento em atividades ilícitas semelhantes.
Fonte: Ascom Ministério Público da Bahia e Polícia Federal