O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (5) que pretende disputar a Presidência da República em 2026, caso mantenha a saúde e disposição atuais. “Se eu tomar decisão de ser candidato, serei candidato para ganhar as eleições”, declarou. Lula destacou que só abriria mão da disputa “se tiver algum problema de saúde ou se aparecer algum candidato melhor”.
Aos 79 anos, o presidente afirmou que “88 anos de idade é o tempo da maturidade máxima do ser humano”, sinalizando que não vê a idade como obstáculo para um novo mandato.
Críticas à extrema-direita e defesa da diplomacia
Durante a entrevista, Lula também afirmou que a extrema-direita não voltará a governar o país. Sem citar nomes, o presidente reforçou que seu projeto político busca estabilidade, inclusão e soberania nacional.
Sobre o cenário internacional, Lula comentou a crise envolvendo Estados Unidos e Venezuela e disse que o Brasil não tomará partido. “O Brasil é um país que não tem contencioso internacional nem queremos contencioso internacional”, afirmou. Segundo ele, a guerra só gera “matança e empobrecimento”, e o caminho deve ser o diálogo.
Tarifas dos EUA são “políticas”, diz Lula
O presidente também criticou as sanções econômicas aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil. Lula classificou as tarifas como uma medida de caráter político, não comercial, e rebateu declarações do presidente Donald Trump, que mencionou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.
“Trump não é dono do Brasil. Cada um dá palpite no seu quintal”, disse Lula, em tom de resposta às pressões externas. A fala ocorre em meio à escalada de tensões comerciais entre os dois países, que já impactam setores estratégicos da economia brasileira.
Redação