Grupo suspeito de grilagem urbana, lavagem de dinheiro e fraudes documentais segue atrás das grades — tornozeleiras para cartorárias e advogado
O cerco da Justiça baiana se intensificou nesta quinta-feira (4). Atendendo a pedido do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) converteu em prisão preventiva os mandados que haviam sido temporários para os principais alvos da Operação Sinete — entre eles o empresário Oyama Figueiredo e seus familiares. Com isso, os investigados permanecem detidos por tempo indeterminado no Conjunto Penal de Feira de Santana.
🔒 Quem permanece preso — e novas medidas
Estão entre os presos com prisão preventiva confirmada:
- Oyama Figueiredo
- Outros integrantes do grupo inicialmente detidos — como filhos e associados.
Além disso — conforme a decisão judicial desta quinta — foram impostas medidas cautelares mais brandas para três outros investigados: duas delegatárias de cartórios investigadas e um advogado terão que usar tornozeleira eletrônica.
🏗️ O que investiga a Operação Sinete
Lançada em 26 de novembro de 2025 pela Polícia Civil da Bahia, por meio do seu núcleo especializado Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), a Operação Sinete mira um esquema de:
- Grilagem urbana e rural de imóveis — apropriação irregular de terras.
- Falsificação e manipulação de documentos públicos e registrais, para viabilizar as fraudes.
- Lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio, por meio de registros fraudulentos e movimentações suspeitas.
Na ação inicial foram cumpridos 47 mandados de busca e apreensão e emitidos oito mandados de prisão temporária. A investigação envolve empresários, cartorários, advogados, corretores e, segundo as apurações, agentes de segurança pública.
⚠️ O que a nova decisão representa
Com a conversão das prisões em preventiva, o Judiciário sinaliza que as suspeitas são graves e que há risco real de rearticulação do grupo ou obstrução das investigações. A decisão reforça que o processo contra o núcleo envolvido na grilagem e fraudes registrais seguirá com restrições severas aos investigados.
Até o momento, a corte determinou o uso de tornozeleira eletrônica apenas para os dois cartórios extrajudiciais investigados e o advogado — o restante permanece detido no Conjunto Penal.
🔎 Fontes: Polícia Civil da Bahia; Tribunal de Justiça da Bahia; Ministério Público da Bahia







