A greve dos servidores do Poder Judiciário da Bahia foi oficialmente encerrada nesta terça-feira (17), após acordo firmado entre o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e representantes da categoria, como o Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário (Sintaj). A paralisação teve início em 6 de maio e foi motivada principalmente pela defasagem salarial acumulada ao longo dos últimos anos.
A mediação foi conduzida pelo Comitê de Tratativas da Greve, criado por iniciativa da presidente do TJ-BA, desembargadora Cynthia Maria Pina Resende.
Principais pontos do acordo com o TJ-BA
Entre as medidas negociadas com os servidores, estão:
- Reajuste de R$ 700 na gratificação (GEE/VPE/VPI), com retroativo a janeiro, condicionado à suplementação orçamentária do governo do estado;
- Aumento de 50% no auxílio-saúde para servidores com mais de 50 anos ou que tenham doenças graves;
- Implantação de auxílio-creche;
- Criação de um plano de compensação das faltas ocorridas durante a greve.
Apesar do encerramento da paralisação, a categoria aprovou o retorno ao estado de greve — mecanismo utilizado para manter a mobilização e pressionar por avanços futuros.
Plano de Cargos e Carreiras será debatido por grupo de trabalho
O acordo também prevê a criação de um grupo de trabalho formado por representantes do TJ-BA e das entidades sindicais. O objetivo será discutir a atualização do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), uma das pautas históricas da categoria.
Declarações destacam avanços e necessidade de diálogo contínuo
Em nota oficial, o Tribunal de Justiça reafirmou o compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e a valorização dos servidores. O Sintaj, por sua vez, reconheceu que nem todas as reivindicações foram atendidas, mas considerou o acordo como um avanço possível dentro do atual cenário orçamentário e político.
Redação