Ex-presidente foi sentenciado a 27 anos e três meses de prisão por crimes relacionados a tentativa de golpe de Estado
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou, na noite desta quinta-feira (11), que irá recorrer da condenação imposta pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
Defesa critica decisão
Em nota assinada pelos advogados Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno, a defesa afirmou que considera as penas “absurdamente excessivas e desproporcionais”. Os advogados também adiantaram que irão ajuizar recursos contra a decisão, inclusive em instâncias internacionais.
“A defesa do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, recebe a decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal com respeito. Contudo, não pode deixar de manifestar profunda discordância e indignação com os termos da decisão majoritária”, diz o comunicado.
Os defensores sustentam que Bolsonaro não atentou contra o Estado Democrático de Direito, não participou de qualquer plano e tampouco dos atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
Questionamento sobre o julgamento
A defesa ainda alegou que o ex-presidente deveria ter sido julgado em primeira instância ou pelo Plenário do STF, e não apenas pela Primeira Turma. Também criticou o que chamou de falta de tempo hábil para análise da prova, afirmando que isso teria prejudicado o exercício pleno do direito de defesa.
Fonte: Redação com informações da Agência Brasil