Criança chegou sem vida à UPA da Queimadinha; laudo inicial aponta sinais de violência, abandono e desnutrição
Um caso de extrema gravidade chocou Feira de Santana na tarde desta terça-feira (2). Um bebê de apenas dois meses morreu após dar entrada em parada cardiorrespiratória na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Queimadinha. Os pais – um homem de 38 anos e uma mulher de 29 – foram autuados em flagrante sob suspeita de maus-tratos com resultado morte.
A Polícia Militar foi acionada pela equipe médica após constatar a morte da criança às 12h15. O laudo inicial apontou múltiplas evidências de negligência e violência: hematomas na cabeça, assaduras na região genital, falta de higiene corporal e sinais de baixo peso.
Histórico de atendimentos e fuga anterior
A equipe da UPA relatou que este não foi o primeiro atendimento da criança. No último sábado (29), o bebê já havia sido levado à unidade com lesões corporais. Contudo, segundo o Auto de Prisão em Flagrante, os pais teriam deixado o local antes da chegada da Polícia, impedindo a averiguação imediata.
O novo atendimento, nesta terça-feira, gerou forte comoção entre profissionais e moradores. Para evitar tumultos, houve necessidade de reforço policial na unidade de saúde.
Autuação e medidas judiciais
O casal foi autuado pelo crime de maus-tratos com resultado morte, com aumento de pena por a vítima ser menor de 14 anos. Por se tratar de um crime inafiançável, ambos seguem presos e à disposição da Justiça.
A autoridade policial representou pela prisão preventiva, destacando a gravidade dos fatos e o forte clamor social provocado pelo caso.
Exame no corpo da criança e continuidade das investigações
O corpo do bebê foi encaminhado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde será realizada necropsia que deve confirmar a causa da morte e detalhar as lesões identificadas.
A investigação será conduzida pela 2ª Delegacia Territorial de Feira de Santana, que continuará reunindo informações e ouvindo testemunhas para esclarecer todas as circunstâncias que levaram à morte da criança.
Fonte: Redação com informações da Polícia Civil










