Eduardo Tagliaferro é acusado de vazar mensagens sigilosas e obstruir investigações sobre trama golpista; ele está na Itália e teve prisão decretada
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, neste domingo (9), para abrir ação penal contra Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão marca um novo capítulo nas investigações sobre o vazamento de informações envolvendo o gabinete do magistrado.
Vazamento e acusações graves
Tagliaferro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostamente vazar mensagens internas do TSE. Segundo a denúncia, o objetivo seria atrapalhar as investigações sobre uma trama golpista que mirava as instituições democráticas brasileiras.
Ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, o ex-assessor é acusado de uma série de crimes, incluindo violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Relator e votos favoráveis
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou pelo recebimento da denúncia, posição que foi acompanhada pelos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Com esses votos, a maioria da Primeira Turma já está formada a favor da abertura do processo penal.
A ministra Cármen Lúcia ainda deve se manifestar até a próxima sexta-feira (14), quando se encerra o prazo do julgamento no plenário virtual. A sessão define se há indícios suficientes para que Tagliaferro se torne réu e responda formalmente às acusações.
Extradição e situação atual
Eduardo Tagliaferro atualmente está na Itália e teve sua prisão decretada pela Justiça brasileira. As autoridades nacionais já iniciaram tratativas com o governo italiano para negociar a extradição do ex-assessor, que deixou o país após as suspeitas virem à tona.
Com a abertura da ação penal, caso confirmada, o ex-assessor passará a responder formalmente pelos crimes atribuídos, em um processo que pode aprofundar as investigações sobre vazamentos de informações estratégicas e possíveis conexões com movimentos antidemocráticos.
Com informações do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria-Geral da República.










