O preço da cesta básica caiu em 15 das 17 capitais brasileiras no mês de maio, de acordo com levantamento divulgado nesta sexta-feira (6) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). A pesquisa comparou os valores de maio com os do mês anterior e apontou Salvador como a segunda capital com a cesta mais barata do país.
Na capital baiana, o conjunto de alimentos essenciais custou R$ 628,97, ficando atrás apenas de Aracaju, onde a cesta foi vendida por R$ 579,54. Recife (R$ 636,00) e João Pessoa (R$ 636,73) completam a lista das cidades com os menores preços, todas no Nordeste.
Na outra ponta, São Paulo segue com a cesta básica mais cara do Brasil, custando R$ 896,15. Em seguida aparecem Florianópolis (R$ 858,93), Rio de Janeiro (R$ 847,99) e Porto Alegre (R$ 819,05), capitais do Sul e Sudeste.
Acumulado do ano mostra tendência de alta
Apesar da queda no mês de maio, o acumulado de janeiro a maio mostra aumento nos preços em todas as capitais analisadas. As altas variaram entre 2,48% em Campo Grande e 9,09% em Belém.
Na comparação com maio do ano passado, 16 capitais registraram aumento, com destaque para Vitória (8,43%). A única exceção foi Aracaju, que manteve os preços estáveis em relação ao mesmo período de 2024.
Salário mínimo ideal deveria ser quase 5 vezes maior, diz dieese
Com base no custo da cesta básica e em outras despesas essenciais — como moradia, saúde, transporte e educação — o Dieese estimou que o salário mínimo ideal para uma família de quatro pessoas em maio deveria ser de R$ 7.528,56. Esse valor representa 4,96 vezes o salário mínimo atual, fixado em R$ 1.518.
Redação