Presidente dos EUA comemorou operação militar nas redes sociais e disse que missão foi um “grande sucesso”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (21) que as Forças Armadas norte-americanas realizaram um ataque aéreo contra três usinas nucleares do Irã: Fordow, Natanz e Esfahan. O comunicado foi feito pelo próprio Trump em suas redes sociais, onde ele classificou a missão como um “grande sucesso”.
Segundo o presidente, os principais alvos dos bombardeios foram as instalações da usina de Fordow, e os militares norte-americanos já teriam deixado o espaço aéreo iraniano após a operação.
“Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora de paz!”, escreveu Trump, celebrando o feito.
Ameaça do Iêmen
Horas antes da ação, as Forças Armadas do Iêmen haviam emitido um alerta, prometendo atacar navios comerciais e de guerra dos EUA no Mar Vermelho, caso os americanos decidissem se envolver diretamente na guerra entre Israel e Irã.
Yanya Saree, porta-voz do Exército iemenita, declarou que os militares estão em alerta máximo. “Se os americanos estiverem envolvidos com o inimigo israelense em um ataque contra o Irã, as Forças Armadas do Iêmen atacarão seus barcos e navios de guerra no Mar Vermelho. Estamos acompanhando e monitorando todas as ações na região”, afirmou.
Reforço militar dos EUA
Também neste sábado, a agência de notícias Reuters informou que bombardeiros B-2 norte-americanos, com capacidade de perfurar bunkers subterrâneos, estão sendo deslocados para a Ilha de Guam, no Pacífico, como parte da preparação militar dos EUA.
Escalada do conflito
O ataque norte-americano é mais um capítulo na crescente tensão no Oriente Médio. Israel, alegando que o Irã estaria perto de desenvolver uma arma nuclear, realizou um ataque surpresa contra o território iraniano no último dia 13 de junho, ampliando a guerra na região.
O Irã, por sua vez, nega que seu programa nuclear tenha fins militares e afirma que estava em meio a negociações diplomáticas com os Estados Unidos para garantir a continuidade dos termos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual é signatário.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vinha apontando que o Irã não estava cumprindo integralmente suas obrigações de transparência, mas até o momento não há provas de que o país estivesse efetivamente construindo uma bomba atômica. O governo iraniano, no entanto, acusa a agência de agir sob influência de potências ocidentais, como EUA, França e Reino Unido, que têm manifestado apoio a Israel na guerra contra Teerã.
Em março deste ano, um relatório da Inteligência norte-americana chegou a afirmar que o Irã não estava fabricando armas nucleares, mas essa informação foi recentemente contestada pelo próprio presidente Trump, que agora justifica os bombardeios como “ação preventiva”.
Enquanto o mundo acompanha com apreensão os desdobramentos, a tensão militar entre Estados Unidos, Irã e aliados da região se intensifica, com riscos reais de um conflito de maiores proporções nos próximos dias.
Fonte: Redação com informações da Agência Brasil