Uma missão do Congresso Nacional desembarcou em Washington para tentar negociar a extensão do prazo que antecede a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, medida imposta pelo presidente norte-americano Donald Trump e prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que integra a comitiva, demonstrou pessimismo quanto ao sucesso das negociações.
“Eu acho que não. O que a gente está fazendo é diplomacia parlamentar. É preciso que os governos se entendam. A gente está aqui para contribuir”, afirmou Wagner logo após chegar à Embaixada do Brasil na capital norte-americana.
Missão brasileira: agendas e expectativas
A delegação, formada por oito senadores, embarcou no domingo (27) com o objetivo de sensibilizar empresários e autoridades dos EUA para reverter ou, ao menos, adiar a medida que ameaça setores estratégicos da economia brasileira.
A programação inclui reuniões com a embaixadora Maria Luiza Viotti e representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além de um encontro nesta segunda-feira (28) com líderes empresariais na Câmara de Comércio dos Estados Unidos.
Apesar da intensa agenda, nenhum encontro com membros do governo Trump está previsto, o que reduz as chances de avanços imediatos.
Quem compõe a comitiva
A missão é presidida pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e conta com nomes de peso, incluindo os ex-ministros de Jair Bolsonaro, Tereza Cristina (Agricultura) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).
Próximos passos da negociação
Na terça-feira (29), os parlamentares brasileiros terão reuniões com senadores republicanos e democratas, na tentativa de criar um ambiente político favorável a futuras negociações. Já na quarta-feira (30), último dia da missão, o grupo discutirá a posição do Brasil junto a líderes do setor privado americano no Conselho das Américas.
Com o prazo se esgotando e a ausência de diálogo direto com o governo norte-americano, o cenário aponta para um desfecho difícil, confirmando a avaliação de Wagner de que a prorrogação do prazo é pouco provável.
Redação