Situações são consideradas de baixo risco para exportações e não afetam o consumo de carne e ovos
Os estados de São Paulo e Goiás confirmaram, neste fim de semana, os primeiros casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) registrados em 2025. Os focos, no entanto, ocorreram fora de granjas comerciais, o que reduz o risco de impactos econômicos, especialmente sobre as exportações de carnes e ovos.
Em São Paulo, o caso foi identificado em uma ave silvestre, uma marreca-caneleira, encontrada na região central de Diadema, na Grande São Paulo. Segundo a Defesa Agropecuária do estado, trata-se de um caso isolado, em uma ave migratória, sem qualquer ligação com a produção comercial de alimentos. O órgão também informou que não há granjas comerciais num raio de 10 quilômetros do local onde a ave foi encontrada.
Para reforçar o controle sanitário, o governo paulista adotou ações de vigilância epidemiológica na área, com foco na detecção de outras possíveis ocorrências da doença. Além disso, campanhas de educação sanitária estão sendo realizadas para orientar a população local.
Em nota oficial, o governo estadual ressaltou que “o consumo de carne de aves e ovos não transmite a gripe aviária” e orientou a população a não tocar em aves doentes ou mortas e a seguir as recomendações do Serviço Veterinário Oficial (SVO).
Já em Goiás, o foco foi detectado em aves de subsistência no município de Santo Antônio da Barra, no sudoeste do estado. Segundo a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), a notificação ocorreu na última segunda-feira (9), após relatos de mortes de cerca de 100 galinhas, que apresentaram sintomas como asas caídas, secreção nasal, dificuldades respiratórias, apatia, diarreia e edema facial.
Entre as medidas emergenciais adotadas em Goiás estão: vigilância rigorosa num raio de 10 quilômetros ao redor do foco, monitoramento do trânsito de aves e materiais avícolas, restrições temporárias de movimentações, suspensão de feiras e exposições com aves vivas nas regiões afetadas, além de ações educativas para prevenção.
As autoridades reforçam que, por se tratarem de casos fora do setor comercial, não há previsão de embargos nas exportações brasileiras. Mesmo assim, os órgãos de defesa sanitária seguem monitorando a situação de perto para evitar novos focos da doença.
Fonte: Redação com informações G1