Em um momento histórico para a Igreja Católica, Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito o primeiro papa norte-americano. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (8), diretamente da sacada da Capela Sistina, em Roma. O novo pontífice escolheu o nome de Leão XIV para seu papado.
Prevost, que até então ocupava o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos, era uma figura de destaque da linha franciscana no Vaticano. Sua ascensão ao papado não foi uma completa surpresa para os observadores, já que, após ser nomeado cardeal em 2023, ele passou a ser visto como um possível sucessor do legado do papa Francisco.
Natural de Chicago, Prevost consolidou sua trajetória pastoral no Peru, onde atuou como missionário por mais de dez anos. Durante sua permanência no país, enfrentou o turbulento período do governo Fujimori e não hesitou em cobrar desculpas por injustiças cometidas, destacando-se como uma voz firme em defesa dos direitos humanos.
A formação acadêmica de Prevost inclui estudos de Teologia nos Estados Unidos e Direito Canônico em Roma. Sua ligação com o Vaticano se fortaleceu em 2015, quando o papa Francisco o nomeou bispo de Chicago. Posteriormente, assumiu a liderança do Dicastério para os Bispos, órgão responsável pela nomeação de novos bispos ao redor do mundo, além de presidir a Comissão Pontifícia para a América Latina.
A escolha de Leão XIV como nome papal remete a um simbolismo de força e renovação. Sua trajetória, marcada pela defesa dos menos favorecidos e pelo compromisso com a justiça social, gera expectativas sobre os rumos que o Vaticano tomará sob sua liderança.
Redaçao