Um estudo recente realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em parceria com a empresa Timelens, acende um alerta vermelho para a segurança no ambiente escolar. Entre 2021 e maio de 2025, o volume de postagens com ameaças contra escolas nas redes sociais aumentou impressionantes 360%. Nesse período, foram registradas mais de 88 mil menções a ataques envolvendo estudantes, professores e diretores — um salto expressivo que escancara a crescente vulnerabilidade das instituições de ensino frente à violência online.
Discurso de ódio migra da Deep Web para redes abertas
Outro dado alarmante do levantamento é a mudança no perfil da circulação de conteúdos extremistas. Cerca de 78% dos discursos de ódio antes restritos à Deep Web agora estão acessíveis na internet comum, tornando-se mais fáceis de serem encontrados por jovens e adolescentes vulneráveis.
Além disso, o estudo identificou um fenômeno perturbador: a normalização e até glorificação de agressores. Em 2025, 21% das menções sobre ataques a escolas continham elogios ou apoio aos autores dos crimes, uma proporção assustadora em comparação aos apenas 0,2% registrados em 2011.
Cyberbullying atinge 12% dos adolescentes e revela desigualdade de gênero
A pesquisa também aprofundou a análise sobre violência digital entre adolescentes, indicando que 12% dos jovens já foram vítimas de cyberbullying. Quando o foco é o comportamento ofensivo, os meninos aparecem como mais propensos a admiti-lo: 17% confessaram já terem praticado ofensas online, contra 12% das meninas.
Especialistas alertam que esse cenário é agravado pela falta de apoio emocional e psicológico, o que contribui para a proliferação de comportamentos violentos e o sentimento de insegurança nas escolas.
Redacao