Mandados de prisão, busca e bloqueio de contas são cumpridos na segunda fase da investigação que já causou prejuízo milionário à Caixa
A Polícia Federal, com apoio do GAECO/BA (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), deflagrou na manhã desta quinta-feira (7) a Operação Segunda Camada, com foco no combate a fraudes bancárias praticadas contra a Caixa Econômica Federal e outras instituições financeiras.
Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva, um mandado de suspensão do exercício de função e bloqueio de valores em contas bancárias. As ações ocorrem na cidade de Feira de Santana, no interior da Bahia, e foram autorizadas pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do município.
Desdobramento da operação “Fake Front”
A investigação é um desdobramento da operação “Fake Front”, deflagrada em 23 de maio de 2024, que revelou a atuação de um grupo criminoso especializado na abertura de contas bancárias com documentos falsos em agências da Caixa Econômica Federal em Feira de Santana e Brasília (DF). O objetivo era obter empréstimos fraudulentos, causando um prejuízo superior a R$ 1 milhão.
Na análise do material apreendido na primeira fase, os investigadores identificaram uma segunda camada da organização criminosa, composta por um policial civil e intermediários que cooptavam gerentes bancários. Esses gerentes, segundo a apuração, colaboravam com o esquema fornecendo dados sigilosos e facilitando as operações fraudulentas.
Envolvimento de servidor público
Além das prisões e buscas, a Justiça Federal determinou a suspensão das atividades de um gerente bancário. O cumprimento dos mandados conta também com o acompanhamento da Corregedoria da Polícia Civil da Bahia, em razão do envolvimento de um de seus agentes.
Crimes investigados
Os alvos da operação responderão por associação criminosa e estelionato, entre outros delitos relacionados às fraudes contra o sistema financeiro.
A Polícia Federal segue com as investigações para aprofundar a atuação do grupo criminoso e identificar outros possíveis envolvidos.
Fonte: Polícia Federal