O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, saiu em defesa do programa Mais Médicos após os Estados Unidos anunciarem a revogação de vistos de dois representantes do governo brasileiro ligados à iniciativa. A medida, divulgada pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, também atinge ex-integrantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e seus familiares.
Segundo Padilha, a decisão é um ataque injustificável a um programa reconhecido e aprovado pela população. “O programa salva vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira. Não nos curvaremos a quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas das pessoas fundamentais para o Mais Médicos na minha primeira gestão”, afirmou em publicação nas redes sociais, citando Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman.
Ainda de acordo com o governo americano, os vistos foram cancelados por suposta colaboração com o “trabalho forçado do governo cubano” na execução do programa. Mozart Sales é atual secretário de Atenção Especializada à Saúde, enquanto Alberto Kleiman, ex-assessor internacional do ministério, é hoje coordenador da COP30.
Criado em 2013 para ampliar o atendimento médico em regiões carentes e isoladas, o Mais Médicos foi relançado em 2023 com foco em profissionais brasileiros e inclusão de novas categorias de saúde. Padilha destacou que, nos últimos dois anos, o número de participantes dobrou e reforçou que o programa “sobreviverá a ataques de quem quer que seja”.
Redação