Etíope vence no masculino nos metros finais e tanzaniana quebra hegemonia queniana no feminino
A 100ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, realizada nesta terça-feira (31), em São Paulo, entrou para a história com disputas emocionantes, mudanças de liderança e novos nomes gravados no topo do pódio da prova mais tradicional do atletismo brasileiro.
🏃♂️ Masculino: vitória decidida na reta final
No masculino, o grande campeão foi o etíope Muse Gizachew, que protagonizou uma arrancada decisiva nos metros finais para conquistar o título. Ele ultrapassou o queniano Jonathan Kipkoech, que sentiu o desgaste na tradicional subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio e não conseguiu sustentar a liderança.
A prova começou em ritmo intenso, com o queniano Wilson Mutua Maina assumindo a ponta logo nos primeiros quilômetros e abrindo vantagem sobre o pelotão. O brasileiro André Santana chegou a se destacar no início, ocupando a quinta colocação.
Com o passar da prova, Maina perdeu rendimento e viu o compatriota Jonathan Kipkoech assumir a liderança. A vantagem, no entanto, era mínima, com quatro atletas muito próximos, entre eles o brasileiro Fábio Correia.
Na subida decisiva da Brigadeiro, Jonathan demonstrou desgaste, olhou para trás diversas vezes e acabou superado por Gizachew nos metros finais, ficando com o vice-campeonato.
O melhor brasileiro foi Fábio de Jesus, que garantiu a terceira colocação com o tempo de 1h09min15s, subindo ao pódio em uma das edições mais simbólicas da prova.
🏃♀️ Feminino: Tanzânia no topo após domínio queniano
Na prova feminina, a vitória ficou com a tanzaniana Sisilia Panga, que venceu a São Silvestre pela primeira vez e encerrou a hegemonia recente do Quênia. Ela completou os 15 km em 51min06s e precisou de atendimento médico após cruzar a linha de chegada, chegando a desmaiar devido ao esforço extremo.
O início da prova foi marcado pelo comando da queniana Cynthia Chemweno, que assumiu a liderança nos primeiros quilômetros, seguida de perto por Sisilia Panga. A brasileira Nubia de Oliveira Silva se manteve firme na terceira colocação desde o começo.
Após cerca de 10 quilômetros, Sisilia tomou a liderança e passou a correr isolada, administrando o ritmo até o fim. Na segunda metade do percurso, a atleta da Tanzânia mostrou controle e resistência para garantir o título sem ser ameaçada.
Cynthia Chemweno ficou novamente com o segundo lugar, ao completar a prova em 52min30s. Nubia de Oliveira repetiu o desempenho do ano passado e terminou na terceira colocação, com o tempo de 52min42s, sendo a melhor brasileira da prova.
📊 Marca histórica
A vitória de Sisilia Panga encerrou uma sequência de oito títulos consecutivos de atletas quenianas na prova feminina, enquanto o triunfo de Muse Gizachew consolidou a tradição africana no masculino em uma edição marcada por estratégia, resistência e emoção até a linha de chegada.
A 100ª São Silvestre reafirmou seu status como um dos maiores eventos esportivos do mundo, reunindo tradição, superação e grandes histórias no coração de São Paulo.
Fonte: Redação com informações G1











