Kleber Herculano, o “Compadre Charutinho”, era apontado como integrante de grupo miliciano liderado por deputado estadual; caso será investigado pela Polícia Civil
Um dos investigados por lavagem de dinheiro e outros crimes no âmbito da Operação El Patrón, Kleber Herculano de Jesus, conhecido como “Compadre Charutinho”, foi assassinado a tiros na noite desta segunda-feira (14), em Feira de Santana.
De acordo com informações da Polícia Civil, ele havia acabado de chegar ao município após deixar o Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, quando foi atacado a tiros. Kleber morreu no local do crime. O corpo foi removido para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) da cidade.
PC investiga execução
O delegado Yves Correia, coordenador regional da Polícia Civil, confirmou o homicídio e informou que as circunstâncias e autoria do crime ainda estão sendo apuradas. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.
Kleber era um dos alvos da Operação El Patrón, deflagrada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e Polícia Federal, que investigava um suposto grupo miliciano sob liderança do deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha. A denúncia incluía crimes como lavagem de dinheiro, agiotagem, receptação qualificada e jogo de azar.
Histórico e anulação da operação
Conforme o MP-BA, “Compadre Charutinho” possuía vasto histórico de crimes contra o patrimônio e teria ligação direta com o deputado investigado. Ele foi apontado como responsável por adquirir peças roubadas revendidas pelo grupo.
Em junho deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou os efeitos da Operação El Patrón, alegando falhas no processo investigativo. Apesar da anulação, as denúncias já haviam sido formalizadas, e o nome de Kleber Herculano permanecia associado ao grupo denunciado.
O deputado Binho Galinha nega qualquer envolvimento nos crimes atribuídos pela investigação.
Fonte: Redação com informações G1