O cantor, compositor e artista plástico Wilson Aragão faleceu neste sábado (24), aos 75 anos, em Salvador, no Hospital Aristides Maltez. Embora a causa oficial da morte não tenha sido divulgada, o músico lutava contra um câncer no fígado. Ele deixa esposa e três filhos.
O velório será realizado neste domingo (25) em Piritiba, cidade natal de Aragão, localizada no interior da Bahia. O sepultamento está marcado para as 16h, no cemitério municipal.
De Piritiba para o Brasil: a trajetória de Wilson Aragão
Wilson Aragão começou sua jornada artística ainda jovem, participando de corais de igrejas e escolas durante a adolescência. Vindo de uma família evangélica, ele enfrentou resistência ao se interessar por músicas, estilos e expressões culturais consideradas “proibidas” em seu ambiente familiar. Mesmo assim, a veia artística se manifestava em poesias, pinturas e composições musicais, que ele escrevia em cadernos e mantinha em segredo.
Após a separação dos pais, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou e cursou faculdade. Ainda assim, nunca deixou de compor. O incentivo de amigos foi decisivo para que ele mostrasse suas músicas aos artistas da época.
Sucesso com Raul Seixas e “Capim Guiné”
O grande reconhecimento nacional veio quando sua música “Capim Guiné”, feita em parceria com Raul Seixas, foi gravada pelo ícone do rock brasileiro. O sucesso da canção alavancou a carreira de Aragão, que passou a fazer shows em todo o país e divulgar seu trabalho em rádios e programas de televisão.
A canção também se tornou uma homenagem à sua cidade natal, sendo um símbolo de sua forte ligação com as raízes nordestinas e a cultura popular.
Redação com informaçõe do g1