A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve apresentar nesta quinta-feira (11), às 14h, seu voto no julgamento que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus acusados de participação na tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022. A expectativa é alta: seu posicionamento pode ser determinante para o desfecho do processo.
Voto estratégico em um julgamento histórico
Cármen Lúcia é a única mulher entre os ministros da Corte e também a mais experiente em tempo de atuação no colegiado. Embora não tenha antecipado sua posição, ela deu sinais de que pode acompanhar o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes. Durante os primeiros dias de julgamento, a ministra chegou a repreender o advogado Paulo Renato Cintra, defensor do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem — um dos acusados.
A postura firme de Cármen Lúcia reforça a atenção sobre seu voto, que pode consolidar a maioria pela condenação dos envolvidos. Até o momento, Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação de todos os réus. Já Luiz Fux divergiu parcialmente, defendendo a absolvição de Bolsonaro por falta de provas.
Condenações já formam maioria no STF
Independentemente do voto da ministra, o Supremo já formou maioria para condenar o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro da Defesa Braga Netto, ambos acusados de tentar abolir de forma violenta o Estado Democrático de Direito. O julgamento segue em ritmo acelerado e pode marcar um dos momentos mais emblemáticos da história recente do país.
Redação