Apesar do aumento expressivo nos preços do café, o consumo da bebida continua forte no Brasil. A avaliação é de João Lopes Araújo, presidente da Assocafé (Associação dos Produtores de Café), em entrevista concedida nesta terça-feira (13) à Rádio Metropole.
“Com esse preço subindo, o povo deixa de jogar no bicho, mas tem que ter café”, afirmou Araújo, ressaltando a importância cultural e cotidiana da bebida para o brasileiro.
De acordo com ele, a disparada nos preços tem origem em um fenômeno climático raro: uma seca simultânea atingiu os principais países produtores de café — incluindo Brasil, Vietnã, Colômbia, Nicarágua, Costa Rica e Indonésia. “Foi uma coincidência que gerou escassez global e, consequentemente, preços altíssimos”, explicou.
Araújo também alertou que a tendência de preços elevados deve continuar nos próximos meses. “O valor do café depende da oferta no mercado, e ela ainda está baixa”, disse. Segundo o presidente, mesmo com o retorno das chuvas, a recuperação das lavouras não é imediata: “Quando a seca atinge uma lavoura de café, não é na primeira chuva que ela se recupera”.
A expectativa do setor é que a colheita prevista para o fim de maio e início de junho traga algum alívio e estabilize o cenário.
Redação com informações do Metro1