Uma megaoperação integrada das Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, realizada na terça-feira (28), provocou um duro golpe financeiro ao Comando Vermelho (CV), com a apreensão de 120 armas, sendo 93 fuzis, além de explosivos, munições, drogas e equipamentos militares. A ação ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital fluminense.
Segundo a Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE), o prejuízo estimado ao crime organizado é de R$ 12,8 milhões apenas em armamentos.
Armas de guerra e origem internacional
De acordo com a Polícia Civil, parte do arsenal veio de países como Venezuela, Argentina, Peru, Bélgica, Rússia, Alemanha e Brasil. Entre os modelos apreendidos estão AK-47, AR-10, G3, FAL e AR-15, todos de uso militar em zonas de conflito.
Os agentes também identificaram fuzis montados com peças contrabandeadas, armas desviadas das Forças Armadas e componentes adquiridos legalmente pela internet.
Expansão territorial e rastreamento
O delegado Felipe Curi, secretário da Polícia Civil, afirmou que o rastreamento do arsenal é essencial para desmantelar as bases logísticas e financeiras das facções. “Estamos diante de um arsenal típico de cenário de guerra”, disse. “O narcoterrorismo se combate com inteligência, integração e ação coordenada.”
O delegado Vinícius Domingos, da CFAE, destacou que muitas armas trazem inscrições de grupos criminosos de outros estados, como a Tropa do Lampião, formada por integrantes do Nordeste associados ao CV.
Cooperação com o Exército
Segundo o governo do Rio, os armamentos apreendidos passarão por perícia técnica, e as informações serão compartilhadas com o Exército Brasileiro, que auxiliará na identificação da origem das armas desviadas e no mapeamento das redes de tráfico internacional.
A operação reforça o combate ao crime organizado armado, com foco em reduzir o poder bélico das facções e interromper rotas de abastecimento ilegal.
Redação com informações do BNews











