O Brasil se despede de uma de suas maiores lideranças religiosas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou profundamente, na noite de sexta-feira (26), a morte de Mãe Carmen Oxaguian, aos 98 anos. Ela era a ialorixá do Terreiro do Gantois (Ilé Ìyá Omi Àse Ìyamase), em Salvador, um dos templos de matriz africana mais respeitados e tradicionais do país.
Mãe Carmen assumiu o comando da casa em 2002, tendo a responsabilidade de suceder o legado de grandes matriarcas, como sua mãe, a lendária Mãe Menininha do Gantois.
Repercussão e Homenagens
A morte da religiosa gerou comoção nacional, unindo autoridades políticas e ícones da cultura brasileira em manifestações de pesar.
O Tributo Presidencial Lula e a primeira-dama, Janja, destacaram a importância de Mãe Carmen na manutenção da identidade do povo brasileiro.
“Mãe Carmen de Oxaguian liderou com muito amor, por mais de 20 anos, um dos mais importantes terreiros de candomblé do Brasil (…). Manteve viva a espiritualidade africana que influenciou a cultura e a identidade do povo brasileiro”, declarou o presidente.
Outras Manifestações
Margareth Menezes (Ministra da Cultura): Exaltou a fé inabalável e o acolhimento que a ialorixá oferecia a todos.
Gilberto Gil: O músico, muito ligado à cultura baiana e ao Gantois, também manifestou seu pesar.
Direitos Humanos: O Ministério prestou solidariedade oficial à comunidade do terreiro.
Um Legado de Fé
Iniciada no Candomblé ainda criança, Mãe Carmen dedicou sua vida à preservação dos ritos e tradições. Sua gestão à frente do Gantois foi marcada pela continuidade e pelo fortalecimento da religião contra a intolerância, mantendo o terreiro como um polo de resistência cultural e espiritual na Bahia.
Redação











