Habitação lidera alta com reajuste nas contas de luz; alimentação e transportes registram queda nos preços
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação medida pelo IBGE, registrou alta de 0,48% em setembro, acumulando 3,76% em 2025. O resultado ficou 0,62 ponto percentual acima do observado em agosto (-0,14%) e foi impulsionado, principalmente, pelo grupo Habitação, que avançou 3,31%.
O fim da incorporação do Bônus de Itaipu nas faturas de energia elétrica foi o principal fator de pressão, tornando a conta de luz o maior impacto no índice do mês. Outros grupos também contribuíram para a alta, como Vestuário (0,97%), influenciado por roupas femininas e calçados, e Saúde e cuidados pessoais (0,36%), com destaque para reajustes em planos de saúde. Educação (0,03%) e Despesas pessoais (0,20%) também apresentaram variações positivas.
Na contramão, o grupo Alimentação e bebidas recuou 0,35%, registrando a quarta queda consecutiva, refletindo a baixa nos preços do tomate, cebola, arroz e café moído. Transportes (-0,25%) também tiveram retração, puxada por reduções no seguro de veículos, passagens aéreas e combustíveis. Artigos de residência (-0,16%) e Comunicação (-0,08%) completaram o quadro de deflação em alguns segmentos.
Diferenças regionais
Todas as 11 regiões pesquisadas registraram inflação em setembro, mas em ritmos diferentes. Recife apresentou a maior variação, com alta de 0,80%, impulsionada pela energia elétrica residencial e gasolina. Já Goiânia teve o menor resultado, apenas 0,10%, reflexo da queda nos preços da gasolina e do tomate.
Entre os grandes centros, São Paulo (0,60%), Rio de Janeiro (0,55%) e Belo Horizonte (0,25%) seguiram a tendência nacional, enquanto Porto Alegre registrou 0,35%.
No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 nacional ficou em 5,32%, acima da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2025, que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
📊 Maiores variações regionais em setembro
- Recife: 0,80%
- Belém: 0,62%
- São Paulo: 0,60%
- Goiânia: 0,10%
Fonte: Redação com informações Brasil 61