Nesta quarta-feira (2 de julho), a Bahia celebra os 202 anos da sua independência, marco definitivo da libertação do Brasil do domínio português. Foi apenas dez meses após o grito de Dom Pedro I, em setembro de 1822, que as tropas lusitanas foram derrotadas em Salvador, consolidando a soberania nacional.
A data, comemorada com desfiles, homenagens e forte sentimento cívico, relembra a resistência popular que enfrentou batalhas sangrentas para garantir a expulsão dos portugueses, com destaque para a participação de heróis e heroínas baianos.
Maria Quitéria: orgulho feirense e pioneira no Exército
Entre os nomes mais emblemáticos da luta pela independência está Maria Quitéria de Jesus Medeiros, considerada a primeira mulher a integrar oficialmente as Forças Armadas do Brasil.
Nascida na antiga Fazenda Serra da Agulha, onde hoje fica o distrito de Maria Quitéria, na zona rural de Feira de Santana, a combatente desafiou os padrões da época: se disfarçou de homem para ingressar no exército e lutou bravamente ao lado das tropas brasileiras.
Seu legado não apenas ajudou a moldar a história da independência, mas também abriu caminho para a valorização da participação feminina na vida militar brasileira.
Homenagens em Feira de Santana
Em Feira de Santana, conhecida como a “Princesa do Sertão”, Maria Quitéria é reverenciada como símbolo de bravura e resistência. A memória da heroína está preservada em vários espaços da cidade:
- Avenida Maria Quitéria – uma das mais importantes da cidade
- Paço Municipal Maria Quitéria – sede administrativa da prefeitura
- Escola Municipal Maria Quitéria – unidade educacional que leva seu nome
- Pia do batismo – preservada como patrimônio histórico
- Memorial Maria Quitéria – espaço dedicado à história da soldado
A figura de Maria Quitéria segue viva no imaginário e no cotidiano dos feirenses, reafirmando seu papel fundamental na formação da identidade baiana e brasileira.
Redação com informações do g1/Bahia