Foco do vírus foi detectado em granja comercial de Montenegro (RS); governo afirma que surto está controlado
O número de países que impuseram restrições à importação de carne de aves do Brasil subiu para 21, segundo comunicado do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), divulgado nesta quarta-feira (4). A medida foi tomada após a confirmação de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
Em coletiva de imprensa, o ministro Carlos Fávaro tranquilizou a população e o setor produtivo ao afirmar que o foco foi rapidamente contido e não houve disseminação do vírus. “Esse vírus é tão letal que, em 4 ou 5 dias, não sobrevive um animal. Se não tem animal morrendo, o foco foi contido”, explicou o ministro.
Esse foi o primeiro registro da doença em uma granja comercial no Brasil. Até então, desde a chegada da gripe aviária ao país em 2023, os casos haviam sido registrados apenas em aves silvestres ou de criação doméstica.
Apesar das restrições comerciais, o Mapa reiterou que não há risco no consumo de carne de aves e ovos, reforçando que a gripe aviária não é transmitida por meio da alimentação.
Casos em investigação
Atualmente, o governo investiga 12 casos suspeitos de gripe aviária em aves domésticas e silvestres. Um novo caso em análise foi identificado em uma granja em Teutônia (RS). Outras três suspeitas — em Ipumirim (SC), Aguiarnópolis (TO) e Anta Gorda (RS) — foram descartadas.
No último dia 3, foi confirmado um caso em um pato no Zoológico de Brasília, além de registros anteriores em Sapucaia (RS) e Mateus Leme (MG). Desde o início de 2025, 451 notificações suspeitas foram analisadas, com cinco casos confirmados até o momento.
Países que restringiram importações
Confira a lista das nações que já adotaram restrições à carne de aves brasileira:
China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Peru, Albânia, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Índia, Sri Lanka, Macedônia do Norte e Paquistão.
O Ministério segue em articulação com autoridades sanitárias internacionais, fornecendo informações técnicas para tentar reverter as suspensões. O impacto sobre as exportações, embora ainda incerto, acende um alerta no setor avícola brasileiro, que é um dos maiores exportadores globais.
Fonte: Redação com informações Brasil 61