Após uma reunião estratégica no último sábado (14) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros Gleisi Hoffmann (PT) e Rui Costa, e os deputados Arthur Lira (PP) e Hugo Motta (Republicanos), o governo federal acelerou a liberação de emendas parlamentares. Em apenas três dias, o valor empenhado saltou de R$ 152 milhões para R$ 667 milhões, segundo dados oficiais do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop). A informação foi divulgada no Blog da Andréia Sadi, do portal g1.
Saúde recebe maior volume de verbas
Do total liberado até esta terça-feira (17), R$ 535 milhões foram destinados à área da Saúde, com foco nas chamadas “emendas panetone” — recursos prometidos no fim de 2024 em troca de apoio ao pacote fiscal do governo. O atraso nos repasses vinha sendo alvo de queixas de parlamentares, inclusive da base aliada, pressionados por prefeitos e lideranças locais.
“Mutirão” nos ministérios e explicações à base
Diante das críticas, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, prometeu agilizar os pagamentos com um “mutirão” nos ministérios. Já na segunda-feira (16), ela e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se reuniram novamente com líderes partidários para reafirmar o compromisso do Planalto e esclarecer os motivos do atraso.
Entre os fatores apontados estão a sanção tardia da Lei Orçamentária de 2024 e novas exigências do STF, que aumentaram a burocracia no processo de execução das emendas parlamentares.
Expectativa: R$ 2 bilhões até o fim de junho
A meta do governo é liberar até R$ 2 bilhões em emendas até o final de junho, na tentativa de desarmar tensões com o Congresso e assegurar apoio político para votações-chave, como o pacote de medidas voltadas ao equilíbrio fiscal.
Redação