Seponte será responsável pela obra até sua gestão por PPP; investimento supera R$ 42 bilhões em mobilidade na RMS
O governador Jerônimo Rodrigues encaminhou nesta terça-feira (9) à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) o projeto de lei que cria a Secretaria Estadual para Assuntos do Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Ilha de Itaparica (Seponte). A proposta foi apresentada durante reunião no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador, com deputados estaduais.
A nova pasta será temporária e ficará responsável por conduzir o projeto da ponte até a transferência da gestão a uma Parceria Público-Privada (PPP).
Obras estruturantes e valorização urbana
Durante o encontro, o governador detalhou os investimentos em mobilidade urbana previstos até 2025. Os projetos somam R$ 42,6 bilhões em obras como:
- Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)
- Nova Rodoviária de Salvador
- Tramo 4 do Metrô, com extensão para o bairro de Campo Grande
Além disso, foi sancionada a lei de criação do Núcleo de Atendimento ao Cidadão e Transparência na Alba, reforçando mecanismos de participação e acesso à informação.
O que é a ponte Salvador-Itaparica?
A Ponte Salvador-Itaparica será a maior ponte sobre lâmina d’água da América Latina, com 12,4 km de extensão conectando Salvador à Ilha de Itaparica. O projeto inclui ainda novos acessos viários, viadutos, túneis e a restauração de trechos da BA-001.
Concebida como PPP, o contrato foi assinado em novembro de 2020 com o consórcio formado por empresas chinesas como a CCCC e a CR20, com duração de 35 anos: 5 para construção e 30 para operação e manutenção.
Em junho de 2025, foi celebrado um acordo contratual para o avanço das obras, após a conclusão das sondagens e com intermediação do Tribunal de Contas da Bahia (TCE-BA). Espera-se que os canteiros sejam mobilizados em até 12 meses.
Impactos sociais e ambientais
O empreendimento deve gerar mais de 7 mil empregos diretos e beneficiar cerca de 250 municípios e 10 milhões de moradores, com impacto positivo na economia, turismo e integração regional.
No entanto, ambientalistas e moradores de comunidades tradicionais têm criticado o projeto, apontando riscos à biodiversidade da Baía de Todos-os-Santos, à pesca artesanal e à qualidade de vida na Ilha de Itaparica.
Fonte: Redação com informações da Secom Bahia