Defesa Civil mantém sirenes acionadas e orienta moradores a permanecerem em locais seguros após fortes chuvas
A frente fria que provocou chuvas intensas em Salvador e na região metropolitana nos últimos dias começou a se deslocar para o oceano Atlântico. Apesar da melhora nas condições climáticas, o risco de deslizamentos de terra continua alto, segundo alerta da Defesa Civil de Salvador (Codesal).
No sábado (3), sirenes de alerta foram acionadas em seis comunidades da capital baiana, levando moradores a deixarem suas casas e seguirem para locais seguros. Neste domingo (4), a Codesal orientou que as famílias permaneçam nos abrigos até que a situação seja considerada estável. As áreas evacuadas incluem Mamede, no Alto da Terezinha; Irmã Dulce, em Cajazeiras VII; Creche e Moscou, em Castelo Branco; além de Bosque Real e Olaria, no Sete de Abril.
O boletim da Defesa Civil, divulgado às 11h25, aponta Barro Duro (Fundac), na Via Parafuso, como a localidade com maior volume de chuvas acumulado nas últimas 72 horas, totalizando 281,4 mm. Também tiveram altos índices pluviométricos Nova Constituinte (214,6 mm) e Mirante de Periperi (212,4 mm), refletindo o impacto das chuvas em diversos bairros.
A previsão do tempo indica céu nublado a parcialmente nublado, com chuvas fracas a moderadas nesta segunda (5) e terça-feira (6), influenciadas por um sistema de baixa pressão. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas variam entre 24ºC e 29ºC na capital baiana.
Equipes da Codesal seguem de plantão 24 horas para atender ocorrências. Em caso de emergência, o órgão pode ser acionado pelo número 199.
O acionamento das sirenes ocorreu após a confirmação de acumulados superiores a 150 mm em 72 horas, o equivalente a metade da média esperada para todo o mês de maio. Com o solo encharcado e o risco elevado de deslizamentos, a Defesa Civil elevou o alerta para nível máximo, mobilizando equipes para retirar moradores das áreas vulneráveis, seguindo o protocolo do Plano Preventivo da Codesal (PPDC). Os abrigos temporários foram instalados, principalmente, em escolas municipais próximas.
De acordo com a prefeitura, apenas uma família — composta por três pessoas — foi acolhida na Escola Esperança de Viver, no bairro Castelo Branco. No entanto, muitos moradores optaram por buscar abrigo em casas de amigos ou parentes, já que o uso dos abrigos municipais não é obrigatório.
As fortes chuvas também causaram impactos no tráfego marítimo. Na sexta-feira (2), a Capitania dos Portos emitiu alerta vermelho e recomendou a suspensão da navegação, especialmente para embarcações de pequeno porte. A travessia de lanchas entre Salvador e Mar Grande foi interrompida temporariamente, enquanto o ferry-boat suspendeu o embarque de veículos pesados e utilitários. Motociclistas, no entanto, puderam embarcar, desde que permanecessem com as motos durante toda a viagem. As restrições devem ser revistas assim que as condições do mar melhorarem.
Ainda na sexta-feira, uma tromba d’água surpreendeu moradores e turistas ao se formar no céu da Barra pela manhã, reforçando o cenário de instabilidade que marcou o início de maio na capital baiana.
Fonte: Redação com informações G1