Animais foram interceptados pela PRF na BR-116; motorista não apresentou documentação obrigatória e seguia por trajeto irregular
Parte dos mais de dois mil frangos vivos apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Feira de Santana, no início desta semana, foi abatida e doada a instituições de caridade da Bahia. A apreensão ocorreu na BR-116 Sul, após o motorista do caminhão ser flagrado sem a Guia de Trânsito Animal (GTA) e trafegando por um trajeto diferente do declarado na nota fiscal.
Os animais saíram do estado de Minas Gerais, mas a documentação apresentada pelo condutor não correspondia ao percurso realizado. Sem a GTA — documento essencial que rastreia a carga e atesta as condições sanitárias e de transporte —, a carga foi considerada irregular e encaminhada ao posto da PRF, enquanto os frangos seguiram para uma empresa de abate em São Gonçalo dos Campos, com acompanhamento da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).
Parte das aves foi incinerada, parte doada
A Adab informou que as aves passaram por inspeção sanitária rigorosa. Aquelas que estavam mortas ou apresentaram irregularidades foram incineradas. Já os frangos em boas condições foram abatidos e destinados a entidades públicas e assistenciais, evitando o desperdício de alimentos e garantindo o fornecimento a quem mais precisa.
Segundo José Ramos, diretor de inspeção sanitária da Adab, todo o processo, do transporte ao abate, foi acompanhado de perto. “Em casos onde não há risco sanitário, os produtos podem ser doados. Se for detectado qualquer sinal de patologia ou risco ao consumo, é feito o descarte total por incineração”, explicou.
Fiscalização reforçada e rastreabilidade exigida
O episódio destaca a importância da Guia de Trânsito Animal, exigida por lei, para garantir a segurança sanitária no transporte de animais vivos. A ausência do documento levanta suspeitas sobre a origem da carga e compromete a rastreabilidade e o controle de possíveis doenças.
“Todo animal destinado ao abate precisa estar com a documentação correta e ser recebido por um veterinário no abatedouro autorizado”, completou Ramos. O profissional também é responsável por verificar a validade da GTA e avaliar as condições sanitárias dos animais.
A escolha das instituições que recebem os produtos doados leva em conta a logística da região onde ocorreu a apreensão e a quantidade disponível de carne abatida. Segundo a Adab, essa é uma forma de garantir que o alimento chegue a quem mais precisa, com segurança e dentro dos padrões sanitários.
Fonte: Redação com informações G1