Um boletim divulgado pela Fiocruz nesta segunda-feira (25) mostra que os jovens entre 15 e 29 anos são os mais atingidos por violências e acidentes no país. De acordo com dados do SUS e do IBGE referentes a 2022 e 2023, 65% das mortes nessa faixa etária têm causas externas, como agressões e acidentes — taxa bem acima da registrada na população geral.
A mortalidade juvenil chega a 185,5 por 100 mil habitantes, contra 149,7 no conjunto da população. O índice sobe para 218,2 entre jovens de 20 a 24 anos, faixa considerada a mais vulnerável.
Principais causas
- Ataques com armas de fogo e acidentes de trânsito, sobretudo com motocicletas, respondem por 84% das mortes entre os homens.
- Jovens do sexo masculino morrem oito vezes mais que as mulheres; entre homens de 20 a 24 anos, a taxa atinge 390 por 100 mil habitantes.
- Ação policial representa 3% dos óbitos.
Violências notificadas
- Agressão física: 47%
- Violência psicológica: 15,6%
- Violência sexual: 7,2%
Mulheres são as principais vítimas, sobretudo entre 15 e 19 anos.
Perfil mais afetado
- Negros e pardos: 54,1% das vítimas; entre homens negros, a taxa de mortes chega a 227,5 por 100 mil, quase o dobro da de brancos e amarelos.
- Jovens com deficiência: 20,5% das notificações.
Destaques regionais
- Norte e Nordeste concentram os maiores índices, com destaque para o Amapá (447) e a Bahia (403), ambos na faixa dos 20 a 24 anos.
- As maiores taxas de violência juvenil estão no Distrito Federal (696,1), Espírito Santo (637,8), Mato Grosso do Sul (629,5) e Roraima (623,5).
Redação