Na tarde de quarta-feira (17), trinta pacientes do Centro de Diabético e Hipertenso (CADH), em Feira de Santana, receberam sensores de glicemia de uso contínuo. O equipamento, fixado ao braço, envia dados em tempo real para o celular do paciente e para profissionais de saúde, permitindo um monitoramento mais preciso e sem necessidade de picadas nos dedos.
A iniciativa, inédita no Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade, é fruto de uma parceria com a empresa Abbott e está em fase experimental. O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos, acompanhou a entrega dos dispositivos.
Tecnologia que transforma o cuidado com o diabetes
O sensor é à prova d’água e deve ser trocado a cada 15 dias. Ele registra os níveis de glicose continuamente e permite o compartilhamento dos dados com médicos e familiares, ampliando a segurança e a personalização do tratamento.
Segundo a coordenadora do CADH, Andrea Silva, o projeto é pioneiro no município:
“É uma experiência inusitada, que ajuda os pacientes a conhecer melhor seu corpo, melhorar a alimentação e ajustar comportamentos.”
A endocrinologista Suzete Matos destacou os benefícios clínicos:
“O sensor educa o paciente sobre como os alimentos influenciam a glicose. Ele sinaliza variações, inclusive durante a noite, e ajuda a individualizar o tratamento.”
Pacientes celebram autonomia e conforto
Jorge Brasileiro Silva, de 63 anos, paciente do CADH há mais de 15 anos, comemorou a novidade:
“Antes eu precisava furar o dedo várias vezes por dia. Agora posso acompanhar a glicose até de madrugada, sem preocupação. Isso me dá mais segurança e tranquilidade.”
A nutricionista Josinete Monteiro reforçou o impacto positivo no acompanhamento alimentar:
“O sensor permite observar a resposta glicêmica aos alimentos e ajustar estratégias de forma individualizada. Com os relatórios, é possível aprimorar o tratamento com base em dados reais.”
Redação com informações da Secom/PMFS