Na manhã desta quinta-feira (29), uma reunião crucial garantiu a continuidade dos serviços de transporte coletivo em Feira de Santana, evitando uma possível paralisação dos rodoviários. O encontro, realizado na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sintrafs), resultou na assinatura do acordo coletivo de trabalho 2025-2026, com avanços importantes para a categoria.
O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro, representou o Governo Municipal nas negociações e destacou o papel da gestão como mediadora no processo. A mesa de negociação contou com o presidente do Sintrafs, Alberto Matos Neri, os diretores sindicais, além de representantes das empresas Rosa Ltda. e Auto Ônibus São João Ltda.
O que foi acordado entre rodoviários e empresas
O novo acordo estabelece um reajuste salarial de 5,32%, com vigência a partir de 1º de maio, data-base da categoria. Além disso, o auxílio-alimentação terá um aumento de 10%, com aplicação imediata.
Outro ponto importante foi a manutenção do plano de saúde. As empresas se comprometeram a negociar com a operadora para garantir a continuidade do benefício, sem interrupções.
As demais cláusulas econômicas seguirão as diretrizes do artigo 624 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que exige autorização do poder público para qualquer alteração que impacte tarifas ou concessões.
Próximos passos
O texto do acordo será encaminhado pelo sindicato para votação em assembleia da categoria. Também foi acordado que uma nova reunião ocorrerá em até 90 dias para discutir cláusulas que dependem de definição tarifária.
“Diálogo e bom senso prevaleceram”, diz secretário
O secretário Sérgio Carneiro ressaltou que o entendimento só foi possível graças à abertura para o diálogo entre todas as partes envolvidas.
“Nosso papel é garantir que o transporte público continue funcionando, especialmente para quem mais depende dele. Conseguimos construir um acordo com equilíbrio e responsabilidade”, afirmou.
Carneiro também elogiou a postura dos sindicalistas:
“Houve maturidade e consciência do momento delicado que o setor enfrenta em todo o país. Uma greve impactaria negativamente a população, os trabalhadores e as empresas. Felizmente, o bom senso venceu”.
Redação com informações da Secom/PMFS
