IBGE aponta menor número de nascimentos em 50 anos no estado; Princesa do Sertão tem queda de 8,3% e acompanha tendência nacional
O número de nascimentos na Bahia voltou a cair em 2024 e alcançou o menor nível desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1974, com 159.337 bebês registrados em 12 meses.
Essa marca representa o sexto ano consecutivo de queda no estado — reflexo de uma tendência demográfica consolidada em todo o Brasil.
Brasil acompanha retração
No Brasil como um todo, a queda também foi significativa: foram registrados pouco mais de 2,37 milhões de nascimentos em 2024, cerca de 5,8% a menos do que em 2023, consolidando o sexto recuo anual consecutivo no país.
Segundo o IBGE, esse movimento reflete mudanças sociais e demográficas que vêm ocorrendo há mais de uma década, incluindo menor fecundidade e envelhecimento populacional.
Feira de Santana: queda ainda mais intensa
Em Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia, o número de nascimentos também caiu de forma expressiva em 2024: foram registrados **7.260 bebês**, 8,3% a menos do que no ano anterior, quando foram contabilizados 7.920 nascimentos.
Essa redução coloca Feira de Santana como a **segunda maior queda em números absolutos no estado**, atrás apenas de Salvador, que teve 2.357 nascimentos a menos.
A cidade permanece como a segunda mais populosa da Bahia, com cerca de 660 mil habitantes, consolidando-se como importante polo regional mesmo diante desse cenário demográfico.
Salvador e outras cidades seguem a tendência
A capital baiana, Salvador, registrou 23.361 nascimentos em 2024, uma redução de 9,2% em relação ao ano anterior e o menor número desde o início da série histórica.
Além das grandes cidades, os dados do IBGE mostram que cerca de 69,8% dos municípios baianos (291 de 417) tiveram queda no número de nascimentos entre 2023 e 2024.
Outros municípios com recuo expressivo foram Vitória da Conquista (-6,3%) e Lauro de Freitas (-12,7%).
O que os números indicam
A continuidade da queda nos nascimentos no estado e no país aponta para uma transição demográfica mais ampla, em que fatores como menor fecundidade, mudanças no planejamento familiar e envelhecimento populacional ganham destaque. Estudos demográficos já vinham antecipando esta tendência antes mesmo dos dados de 2024.
Especialistas alertam que esse padrão pode ter impacto em políticas públicas de saúde, educação e serviços sociais, além de influenciar o perfil demográfico das futuras gerações.
Fonte: Dados oficiais: IBGE — Estatísticas do Registro Civil 2024










