Eles percorrem ruas, batem de porta em porta, levam informações, acolhem, monitoram e cuidam da saúde de milhares de pessoas. Em Feira de Santana, 780 agentes comunitários de saúde (ACS) atuam na sede e nos distritos da zona rural, sendo a ponte entre os moradores e a Atenção Primária à Saúde.
No Dia Nacional da Saúde, comemorado nesta terça-feira (5), esses profissionais são reconhecidos pelo trabalho essencial que realizam, muitas vezes de forma silenciosa, mas sempre transformadora.
Histórias de dedicação que mudam vidas
Eliana Pinheiro: 26 anos de afeto e transformação
Moradora do bairro São João, Eliana é agente comunitária há mais de duas décadas. Para ela, o trabalho vai além da função técnica.
“Sempre gostei de lidar com famílias. Criei laços muito fortes na minha comunidade. Quando falta algo, vamos atrás. Quando não sabemos como ajudar, pedimos apoio. É um trabalho coletivo que transforma realidades”, relata.
Além das visitas domiciliares, Eliana também organiza grupos de convivência para idosos, gestantes, dependentes químicos e outros públicos vulneráveis, reforçando que saúde é vínculo, partilha e escuta.
Patrícia Moreira: prevenção e acolhimento no distrito de Jaíba
Com 23 anos de atuação, Patrícia é exemplo de vínculo entre profissionais da atenção básica e a comunidade.
“A relação é de amizade. As pessoas confiam na gente”, diz.
Sua rotina inclui visitas diárias, onde orienta gestantes sobre pré-natal, acompanha crianças e idosos e oferece apoio emocional em momentos de dificuldade. Para ela, escutar é tão importante quanto orientar.
Renilza Amaral: a super-heroína sem capa
Há 20 anos atuando no bairro Alto do Papagaio, Renilza cuida de 152 famílias, realizando em média 12 visitas por dia.
“Ser agente comunitária de saúde é quase ser um super-herói — só que sem a capa”, define.
Seu trabalho vai além de orientar: ela identifica necessidades, busca soluções e promove bem-estar físico e emocional. “O foco principal é prevenir o adoecimento e promover saúde em todas as áreas”, explica.
Dicelia Brandão: 27 anos de cuidado e amor pela comunidade
Com quase três décadas de atuação, Dicelia é referência para os moradores. Ela cuida de casos de hipertensão, diabetes, gestantes e pessoas em vulnerabilidade social.
“Muitos idosos dependem apenas da gente. Eles precisam conversar, precisam de atenção. Esse tempo que damos faz diferença na vida deles”, afirma.
Mesmo fora do expediente, continua sendo ponto de apoio. Aos fins de semana, ajuda a preencher documentos, marca exames e realiza ações sociais, como o café da manhã mensal para os garis do bairro.
Mais do que profissionais, parte da comunidade
Os agentes comunitários são “formiguinhas” da saúde, construindo uma rede de cuidado que previne doenças, fortalece laços e promove qualidade de vida.
Em Feira de Santana, essas histórias mostram que cuidar é ouvir, acolher e estar presente. No Dia Nacional da Saúde, a cidade reconhece o papel vital desses profissionais, que são o elo essencial entre a comunidade e o SUS.
Redação com informações da Secom Feira