O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que seu governo pretende reduzir em breve as tarifas de importação incidentes sobre o café, como parte de um pacote de medidas destinadas a combater a alta de preços e a inflação no país. A declaração foi feita durante entrevista à Fox News na terça-feira (11).
Trump descreveu a ação como um ajuste “cirúrgico” e rápido:
“Vamos reduzir algumas tarifas e deixar entrar mais café. Tudo isso acontecerá muito rápido e com muita facilidade. É um processo cirúrgico bonito de se ver. Nossos custos de importação estão muito mais baixos”, afirmou o presidente.
Anúncios Substanciais nos Próximos Dias
Nesta quarta-feira (12), o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, confirmou a informação, prometendo “anúncios substanciais” nos próximos dias. Segundo Bessent, o objetivo é baratear produtos importados que não são cultivados em território norte-americano, citando especificamente o café e as bananas.
O secretário assegurou que os consumidores sentirão o impacto rapidamente: “Os preços cairão muito em breve, e os norte-americanos começarão a se sentir melhor em relação à economia ainda no primeiro semestre de 2026.”
Nem Trump nem Bessent detalharam quais países produtores de café serão contemplados ou o formato exato da redução tarifária.
Impacto Potencial para o Brasil
A medida é de extrema importância para o Brasil, que é o principal fornecedor de café para os Estados Unidos, representando mais de 30% do mercado norte-americano (cerca de 16% do total das exportações brasileiras do setor).
Em 2024, as exportações brasileiras de café para os EUA atingiram aproximadamente 2 milhões de sacas, gerando uma receita superior a US$ 550 milhões, conforme dados do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé).
A redução nas tarifas pode reverter a sobretaxa que tem atingido o café brasileiro desde agosto, encarecendo o produto para o consumidor americano e causando grandes perdas para o setor cafeeiro. Com a notícia, os preços do Contrato C de Café para entrega em dezembro, que envolve o produto brasileiro, já registraram queda de mais de 3% na Nymex (Bolsa de Nova Iorque).
Redação










