Ataques aéreos, mísseis e retaliações ampliam tensão internacional; União Europeia convoca reunião de emergência
A tensão entre Israel e Irã atingiu um novo patamar de gravidade neste fim de semana, com uma sequência de ataques e contra-ataques que deixou centenas de mortos, milhares de feridos e aumentou o temor de uma guerra de larga escala no Oriente Médio.
De acordo com o Ministério da Saúde do Irã, os bombardeios israelenses realizados entre sexta-feira (13) e sábado (14) mataram pelo menos 224 pessoas e feriram mais de 1.000 em várias regiões do país. Um dos ataques mais impactantes ocorreu no domingo (15), quando um míssil israelense atingiu um prédio residencial no centro de Teerã, deixando ao menos cinco mortos, segundo a televisão estatal iraniana.
Entre as vítimas está o chefe de inteligência do Corpo da Guarda Revolucionária do Irã, Mohammad Kazemi, considerado uma das principais figuras da estrutura de segurança iraniana. Segundo a agência de notícias oficial IRNA, Kazemi e outros dois oficiais foram mortos em um ataque direcionado por Israel.
Em resposta, o Irã disparou diversas salvas de mísseis entre domingo à noite e a madrugada de segunda-feira, provocando 13 mortes e deixando 380 feridos em território israelense, de acordo com o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. As sirenes de alerta soaram em várias cidades israelenses, e oito pessoas ficaram feridas em um ataque direto a um prédio residencial na região costeira do Mediterrâneo, conforme relatos do Exército de Israel e dos serviços de emergência.
A retórica belicista também ganhou força. Um porta-voz das Forças Armadas iranianas, Coronel Reza Sayyad, declarou no domingo que Israel “em breve se tornará inabitável”, prometendo que a resposta do Irã abrangerá “todas as partes dos territórios ocupados”.
Por outro lado, em entrevista à rede americana Fox News, o primeiro-ministro Netanyahu afirmou que Israel “destruiu a principal instalação” do complexo nuclear iraniano de Natanz, um dos locais mais estratégicos para o programa atômico do Irã.
Diante da rápida escalada, a comunidade internacional acompanha o conflito com extrema preocupação. A União Europeia, por meio de sua chefe da diplomacia, Kaja Kallas, anunciou a convocação de uma reunião especial dos ministros das Relações Exteriores, agendada para terça-feira (17), com foco exclusivo na crise entre Israel e Irã.
A tensão crescente já provoca reflexos diplomáticos, com riscos diretos à segurança regional e ao mercado energético mundial. Organizações internacionais e líderes de diversos países têm feito apelos por moderação e retomada do diálogo, temendo que os próximos dias tragam uma nova onda de violência ainda mais devastadora.
Fonte: Redação com informações das Agências Internacionais