Moeda americana atinge menor valor desde outubro; Ibovespa se fortalece com ações da Petrobras e bancos
Em um cenário de alívio nos mercados internacionais, o dólar voltou a cair nesta quarta-feira (11) e fechou cotado a R$ 5,538, com recuo de 0,57%. É o menor patamar desde 8 de outubro de 2024. A bolsa brasileira também reagiu positivamente, subindo 0,51% e encerrando o dia aos 137.128 pontos, impulsionada pela valorização do petróleo e por ações de bancos privados e da Petrobras.
A queda do dólar foi intensificada após a divulgação de dados da inflação dos Estados Unidos, que ficou abaixo do esperado em maio — apenas 0,1%. O número alimentou as expectativas de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) possa antecipar o corte de juros, favorecendo economias emergentes, como a brasileira.
Com isso, o real se destaca como a moeda de melhor desempenho entre os países latino-americanos em 2025, acumulando queda de 10,4% no dólar desde janeiro e de 3,18% apenas em junho.
No mercado acionário, o bom humor foi impulsionado por duas frentes. A primeira foi a disparada de mais de 4% nos preços do petróleo, que atingiram o maior valor em dois meses diante da escalada das tensões no Oriente Médio. Informações sobre uma possível evacuação da embaixada dos EUA no Iraque e ameaças do Irã contra bases militares norte-americanas elevaram os riscos geopolíticos e puxaram os preços para cima.
Com isso, as ações da Petrobras tiveram forte valorização: os papéis ordinários (PETR3) subiram 2,93%, enquanto os preferenciais (PETR4) avançaram 3,33%.
A segunda notícia que animou os investidores foi uma publicação do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que afirmou que Estados Unidos e China concluíram as negociações comerciais. O acordo, que ainda precisa ser assinado por Trump e Xi Jinping, prevê o fim das restrições aos minerais raros chineses e novas tarifas para produtos dos dois países.
Com esse cenário, o Ibovespa voltou a ganhar fôlego após dias de instabilidade e consolida uma sequência de recuperação. Especialistas seguem atentos aos desdobramentos da política monetária norte-americana e às tensões geopolíticas que influenciam diretamente o mercado global.
Fonte: Redação com informações da Agência Reuters