Moeda norte-americana cai para R$ 5,31 em meio ao otimismo com emergentes; Bolsa recua após realização de lucros
O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (6), em um dia marcado pela melhora do apetite global por moedas de países emergentes e pela repercussão positiva da conversa telefônica entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump.
A moeda norte-americana encerrou o pregão vendida a R$ 5,311, com recuo de 0,47%, após iniciar o dia em R$ 5,35. No ponto mais baixo da sessão, por volta das 16h20, chegou a tocar R$ 5,30. Com o resultado, o dólar acumula queda de 14,08% em 2025, refletindo um cenário de maior confiança em economias emergentes e no desempenho do real.
O euro comercial também acompanhou a tendência e fechou vendido a R$ 6,21, com queda de 0,75%, atingindo o menor valor desde 3 de abril, data em que Trump iniciou o anúncio de retaliações comerciais contra países com superávit na balança com os Estados Unidos.
Bolsa recua com realização de lucros
Enquanto o dólar recuou, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) teve um dia de ajuste técnico e realização de lucros. O Ibovespa caiu 0,41%, fechando aos 143.608 pontos, após ter superado os 146 mil pontos na última semana de setembro.
Analistas apontam que o movimento é natural após a sequência de ganhos recentes. Investidores aproveitaram o bom momento para vender ações e embolsar lucros, especialmente em setores que vinham em forte valorização.
Cenário internacional favorece emergentes
A queda do dólar também foi impulsionada por fatores externos. A desvalorização do iene japonês aumentou a atratividade das moedas de países emergentes, enquanto a alta nos preços do petróleo beneficiou exportadores de commodities, como o Brasil.
O ambiente global, portanto, segue favorável ao real, especialmente diante da expectativa de entrada de capital estrangeiro e da melhoria nas contas externas brasileiras.
Com a combinação de contexto internacional positivo e diálogo político entre Brasil e Estados Unidos, o mercado financeiro brasileiro inicia a semana com otimismo no câmbio, ainda que com cautela na renda variável.
Com informações da Reuters