O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando as intenções de voto para a eleição presidencial de 2026, mas enfrenta um cenário de equilíbrio no segundo turno contra potenciais adversários de direita. É o que revela a mais recente pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado (14).
Segundo o instituto, a diferença que Lula mantinha sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em simulações anteriores diminuiu, resultando em empate técnico. A pesquisa ouviu 2.004 eleitores entre os dias 3 e 4 de abril em 136 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Lula ainda lidera no 1º turno, mas rejeição preocupa
No cenário de primeiro turno, o presidente aparece com 36% a 38% das intenções de voto, mantendo a liderança. No entanto, o dado que mais chama atenção é que 46% dos entrevistados afirmaram que não votariam em Lula de jeito nenhum, sinalizando alta rejeição.
Além disso, a avaliação positiva do governo caiu, com 28% classificando a gestão como “ótima ou boa”.
Empates no 2º turno com Bolsonaro e Tarcísio
A pesquisa também simulou cenários de segundo turno contra diversos nomes da direita. O resultado mais apertado é contra Jair Bolsonaro: 45% para o ex-presidente e 44% para Lula, caracterizando empate técnico. No levantamento anterior, em abril, Lula vencia Bolsonaro por 49% a 40%.
Outro empate ocorre em um eventual confronto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), um nome cada vez mais cotado como possível presidenciável. Ambos aparecem tecnicamente empatados.
Lula venceria Michelle, Flávio e Eduardo Bolsonaro
Contra Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, Lula teria vantagem de 37% a 26%. Em confrontos com os filhos de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro aparece com 20% das intenções de voto, e Eduardo Bolsonaro, com 27%, ambos perdendo para o petista.
Quadro eleitoral ainda indefinido
Apesar da liderança em parte dos cenários, a perda de vantagem nos confrontos diretos evidencia um cenário mais competitivo para Lula em 2026. O fortalecimento de nomes da direita e o índice de rejeição ao atual presidente indicam que a disputa deve ser polarizada e acirrada.
Redação