Discurso de Jerome Powell impulsiona queda da moeda americana e valorização das ações no Brasil
A perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) reduzirá os juros nos Estados Unidos em setembro fez o mercado financeiro brasileiro encerrar a sexta-feira (22) em clima de otimismo. O dólar comercial caiu 0,95%, sendo vendido a R$ 5,426, enquanto o Ibovespa avançou 2,57%, fechando aos 137.968 pontos, maior patamar em 45 dias.
A cotação da moeda americana abriu o dia próxima da estabilidade, mas passou a cair após o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizar em um simpósio anual que o principal risco da economia norte-americana está na desaceleração do mercado de trabalho, e não na inflação. A fala aumentou as expectativas de que os juros da maior economia do mundo sejam cortados no próximo mês. Na mínima do dia, o dólar chegou a R$ 5,41 por volta das 12h30.
Semana positiva para a bolsa, mas dólar acumula alta
Apesar da queda desta sexta-feira, o dólar subiu 0,52% na semana, mas acumula perdas de 3,12% em agosto e 12,21% em 2025. Já o Ibovespa encerrou a semana com alta de 1,19% e acumula ganhos de 3,68% no mês.
O índice está no maior nível desde 8 de julho, período anterior ao anúncio do chamado tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.
Impacto global
A queda da moeda americana foi observada em vários países, reflexo direto da sinalização do Fed. Taxas de juros mais baixas em economias avançadas tendem a estimular a migração de capitais para mercados emergentes, como o Brasil, reduzindo a pressão sobre o câmbio e fortalecendo as bolsas.
Contexto nacional
No Brasil, a semana começou com tensão entre investidores diante das sanções impostas por bancos nacionais ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Apesar disso, a sinalização externa positiva mudou o humor do mercado, favorecendo ações de instituições financeiras e outros setores da B3.
📌 Com informações da agência Reuters