Com trajetória marcada pelo associativismo e pela força da pecuária, cooperativa é homenageada pela Câmara Municipal de Feira de Santana
A Cooperfeira – Cooperativa de Pecuaristas de Feira de Santana celebra 50 anos de fundação reafirmando seu papel essencial na economia e no desenvolvimento regional. Em reconhecimento a essa trajetória de pioneirismo, a Câmara Municipal de Feira de Santana realiza, nesta sexta-feira (24), uma sessão especial em homenagem à instituição e a dois nomes que simbolizam sua história: João Martins da Silva Filho e Luiz Alvim Boaventura (in memoriam), que receberão a Comenda Maria Quitéria, a mais alta honraria do Legislativo feirense.
Durante a solenidade, será lançada uma revista comemorativa reunindo registros, fotos e depoimentos sobre momentos marcantes da cooperativa, criada a partir do sonho de um grupo de criadores de gado que acreditaram na união para fortalecer a pecuária baiana e garantir o domínio de toda a cadeia produtiva — do pasto ao comércio.
Para o presidente da Cooperfeira, Luiz Alberto Falcão (Beto Falcão), a história da instituição é símbolo de resiliência e compromisso coletivo. Ele destaca que a cooperativa nasceu da ousadia de produtores que apostaram na força do associativismo e transformaram o setor pecuário regional. “A Cooperfeira é fruto da coragem e da visão de homens que compreenderam a importância da união. Hoje, somos referência na Bahia, com uma estrutura sólida e voltada para o futuro”, afirmou.
Com 800 cooperados, cerca de 300 funcionários fixos e mais de mil indiretos, a Cooperfeira figura entre os principais agentes econômicos de Feira de Santana. O Frigorífico Frifeira, instalado no distrito de Humildes, é um dos pilares dessa atuação, gerando empregos e renda para centenas de famílias. Cerca de 80% dos trabalhadores são moradores de Humildes, São Gonçalo e Feira de Santana, consolidando a cooperativa como um dos maiores empregadores da região.
Além da produção de carne, a Cooperfeira também se destaca pela comercialização de subprodutos — como casco, chifre, crina, traqueia e vergalhão — utilizados por diferentes segmentos da indústria. Um dos itens de maior valor agregado é o cálculo biliar, exportado para o mercado farmacêutico e símbolo da eficiência econômica e sustentável do modelo cooperativista.
A atuação da cooperativa ainda impulsiona a economia rural, recebendo animais de várias regiões da Bahia — como o Oeste, Itapetinga, Chapada Diamantina e Sertão — o que fortalece a cadeia produtiva e estimula o transporte, o comércio e a geração de empregos em todo o estado.
“A cooperativa é resultado do trabalho de homens e mulheres que acreditaram em um sonho coletivo e seguem fazendo dele um instrumento de transformação econômica e social”, destacou Beto Falcão, presidente da Cooperfeira.
Ao completar meio século, a Cooperfeira consolida seu compromisso com a sustentabilidade, a valorização dos produtores e o desenvolvimento regional. Sua história é um exemplo de como o cooperativismo pode transformar realidades, gerar oportunidades e promover o crescimento econômico com inclusão e responsabilidade social.
Fonte: Marcílio Costa