Bombardeios deixaram quase 100 mortos; tensão afeta negociações nucleares e preocupa a comunidade internacional
O conflito entre Israel e Irã atingiu um novo patamar de gravidade entre os dias 14 e 15 de junho de 2025, com uma série de ataques aéreos, mortes de civis e militares e o cancelamento das negociações nucleares entre o Irã e os Estados Unidos. A escalada de violência provocou reações de líderes mundiais e acendeu o alerta para o risco de uma guerra de grandes proporções no Oriente Médio.
No sábado (14), o Irã lançou cerca de 100 mísseis e mais de 100 drones contra o território israelense, na operação batizada de “Promessa Verdadeira III”. Algumas das ofensivas conseguiram ultrapassar as defesas aéreas de Israel, atingindo áreas residenciais em Rishon Lezion, no centro do país. O ataque deixou pelo menos três mortos e 14 feridos, além de provocar pânico nas ruas de Tel Aviv, Jerusalém e outras regiões. Sirenes de alerta foram acionadas em diversos pontos do país, orientando a população a buscar abrigos subterrâneos.
Em resposta imediata, o governo de Benjamin Netanyahu autorizou a “Operação Leão em Ascensão”, com ataques aéreos extensivos a alvos estratégicos no Irã, incluindo instalações nucleares em Natanz e Fordo, bases militares e centros de pesquisa de armamentos. Segundo autoridades iranianas, ao menos 78 pessoas morreram, entre elas chefes de polícia, membros da Guarda Revolucionária e nove cientistas nucleares. Explosões de grande magnitude foram registradas em Teerã e em outras cidades, atingindo inclusive uma refinaria estratégica no sul do país.
O Irã reagiu com declarações duras, classificando a ofensiva israelense como “declaração de guerra” e prometendo “uma resposta ainda mais forte” caso os ataques continuem. Teerã também ameaçou retaliar contra interesses dos Estados Unidos, Reino Unido e França, caso esses países mantenham apoio explícito a Israel.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou danos em quatro edifícios da usina nuclear de Isfahan, no Irã. Entretanto, a central nuclear de Bushehr não foi atingida.
O agravamento da situação forçou o cancelamento das negociações nucleares entre Estados Unidos e Irã, que estavam previstas para o domingo (15). A tensão geopolítica também gerou impactos na segurança internacional e no mercado de petróleo, com alta nos preços globais do barril.
No Brasil, o conflito teve reflexos diretos: comitivas parlamentares brasileiras ficaram retidas em Israel, com a Embaixada do Brasil prestando apoio logístico e diplomático para o retorno seguro dos brasileiros.
O cenário segue de extrema instabilidade, com apelos por moderação e diálogo partindo de líderes globais, organizações internacionais e do próprio Vaticano, que pediu um cessar-fogo imediato para evitar um conflito ainda maior no Oriente Médio.
Fonte: Redação com informações de Agências Internacionais