A China anunciou um pacote de investimentos no Brasil que soma R$ 27 bilhões, com foco em energia limpa, veículos elétricos, delivery, mineração e tecnologia. O anúncio ocorreu durante um encontro empresarial em Pequim, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cerca de 200 empresários. A visita faz parte da estratégia do governo brasileiro de fortalecer as relações econômicas e políticas com o país asiático, que é o principal parceiro comercial do Brasil.
Entre os principais aportes estão R$ 6 bilhões da Great Wall Motors (GWM) para a expansão do setor automotivo, R$ 5 bilhões da Meituan para operações com o aplicativo de delivery “Keeta”, R$ 3 bilhões da estatal China General Nuclear (CGN) para um hub de energia renovável no Piauí e R$ 3,2 bilhões da rede de sorveterias Mixue, que pretende criar 25 mil empregos até 2030. Além disso, a Envision Energy promete investir até R$ 10 bilhões em projetos sustentáveis.
Durante o discurso, Lula ressaltou a relevância da China como investidor no Brasil e defendeu o fortalecimento do intercâmbio turístico e comercial entre os países. “Na última década, a China saltou da 14ª para a 5ª posição no ranking de investimento direto no Brasil”, destacou o presidente.
Antes de Pequim, Lula visitou a Rússia, onde pediu um cessar-fogo na Ucrânia. A agenda na China inclui reuniões com o presidente Xi Jinping, assinatura de acordos bilaterais e eventos voltados ao agronegócio. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, acompanha a comitiva para discutir a redução de barreiras burocráticas às exportações brasileiras. A ApexBrasil identificou 400 novas oportunidades comerciais, especialmente no setor agropecuário.
Redação