A Polícia Civil do Amazonas solicitou à Justiça a prisão preventiva da médica Juliana Brasil Santos e da técnica de enfermagem Raiza Bentes Paiva. Ambas são investigadas pela morte de Benício Xavier, de apenas 6 anos, ocorrida em uma unidade de saúde em Manaus.
O pedido de prisão surge após a revogação de um habeas corpus que beneficiava a médica e o avanço das investigações conduzidas pelo 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
💉 O Erro na Medicação e as Provas
Benício morreu na madrugada de 23 de novembro de 2025, poucas horas após receber adrenalina por via intravenosa. Segundo o inquérito:
- A medicação foi prescrita pela médica Juliana Brasil e aplicada pela técnica Raiza Bentes.
- O pai da criança relatou ter questionado a aplicação pela veia no momento do atendimento.
- A Polícia Civil afirma que a médica reconheceu o erro em documentos enviados às autoridades e em mensagens trocadas com colegas. A defesa alega que as mensagens foram escritas “no calor do momento”.
Falsa Especialidade e Outros Crimes
Além do homicídio doloso (por dolo eventual, quando se assume o risco de matar), a médica Juliana Brasil Santos enfrenta acusações de falsidade ideológica e uso de documento falso.
De acordo com o delegado Marcelo Martins, a investigação identificou que a profissional utilizava carimbo e assinatura identificando-se como pediatra, apesar de não possuir o título de especialista registrado. A defesa contesta, afirmando que ela é formada desde 2019 e pretendia realizar a prova de especialização em breve.
Providências Hospitalares
O Hospital Santa Júlia, local onde ocorreu o atendimento, informou que:
- A médica e a técnica de enfermagem foram afastadas de suas funções.
- Uma investigação interna foi aberta para apurar o caso.
Benício havia sido levado à unidade com sintomas de tosse seca e suspeita de laringite antes de apresentar a piora rápida que levou ao seu falecimento após a administração do medicamento.
Redação










