Ministro Alexandre Padilha destaca avanço histórico para o SUS e para a segurança dos pacientes com diabetes tipo 2
O Brasil deu um passo estratégico na política de assistência farmacêutica. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve nesta segunda-feira (17) no Aeroporto de Guarulhos (SP) para receber o primeiro lote de mais de 2 milhões de unidades de insulina glargina, medicamento fundamental para o tratamento de diabetes tipo 2.
“Hoje é um grande dia para o SUS, para a soberania da saúde no Brasil e para a segurança dos pacientes que têm diabetes tipo 2”, afirmou Padilha durante coletiva de imprensa.
Produção será nacional: Brasil reduz dependência externa
O medicamento, já ofertado pelo SUS para pacientes com diabetes tipo 1, passa agora a ser incorporado também para quem tem diabetes tipo 2. Ele foi adquirido por meio de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), que garantirá a transferência de tecnologia para o laboratório público Bio-Manguinhos/Fiocruz.
Com essa transferência, o país deixará de depender de importações e passará a produzir insulina glargina em território nacional, em parceria com a empresa Biomm e com a farmacêutica chinesa Gan&Lee, uma das maiores produtoras de insulina do mundo.
“Essa medida evita que nossos pacientes fiquem vulneráveis a crises internacionais que afetam o fornecimento de insulina”, explicou Padilha.
Produção deve alcançar até 40 milhões de unidades por ano
A produção será realizada no Ceará, e a expectativa do Ministério da Saúde é que a capacidade chegue a 30 a 40 milhões de unidades anuais após a transferência completa de tecnologia.
Segundo o ministro, além do lote recebido nesta segunda-feira, o país ainda deve receber outras 4,7 milhões de unidades até o final do ano — totalizando quase 7 milhões de unidades entregues em 2025.
O investimento federal no combate ao diabetes apenas neste ano será de R$ 131,8 milhões.
Medicamento mais moderno amplia segurança de pacientes
A insulina glargina é considerada mais eficiente e de uso mais simples do que outras formulações. Para Padilha, a ampliação da oferta representa um avanço expressivo para o tratamento de diabetes tipo 2.
“O tratamento com insulina glargina é mais fácil e apresenta melhor resposta”, afirmou o ministro.
20 milhões de brasileiros convivem com diabetes
No Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas vivem com diabetes. A expansão da oferta do medicamento no SUS deve beneficiar diretamente esses pacientes, especialmente aqueles que dependem exclusivamente do sistema público para tratamento contínuo.
“É uma grande parceria que traz garantia, segurança e cuidado para milhões de brasileiros”, reforçou Padilha.
Fonte: Redação com informações da Agência Brasil











