Um estudo divulgado no Dia Nacional da Vacinação revela que o Brasil concentra 40% das fake news sobre vacinas no Telegram, liderando a desinformação antivacina na América Latina.
Foram analisadas 81 milhões de mensagens em grupos conspiratórios de 18 países, entre 2016 e 2025. As publicações compartilhavam supostos “danos” provocados pelas vacinas e divulgavam falsos remédios de efeito preventivo.
O levantamento, realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apontou que o Brasil acumula mais de 580 mil mensagens enganosas, seguido por Colômbia, Peru e Chile. Segundo o estudo, a falta de regulação e a polarização social contribuem para o avanço desse tipo de conteúdo, que explora o medo da população.
Entre as fake news mais recorrentes estão alegações de que a vacina causa morte súbita, altera o DNA ou provoca doenças como aids e câncer. Também circulam falsas curas, como o dióxido de cloro, substância tóxica e perigosa, já alertada pelo Ministério da Saúde.
Durante a pandemia de Covid-19, as mensagens antivacina tiveram aumento expressivo, crescendo quase 700 vezes e atingindo pico em 2021.
Em resposta, o Ministério da Saúde lançou o programa Saúde com Ciência, voltado a combater a desinformação e incentivar a vacinação, reforçando a importância de buscar informações em fontes oficiais e confiáveis.
Redação