Durante reunião na Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil fez duras críticas ao uso de tarifas comerciais como instrumento de pressão política e ameaça à soberania nacional. A manifestação foi feita pelo embaixador Philip Fox-Drummond Gough, que também ocupa o cargo de Secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty.
A declaração brasileira gerou ampla repercussão e obteve apoio de mais de 40 países, incluindo membros do Brics, União Europeia e Canadá. A posição do Brasil foi apresentada como pauta oficial na OMC, chamando atenção para os impactos globais da instabilidade tarifária.
“Tarifas arbitrárias, anunciadas e implementadas de forma caótica, estão desestruturando as cadeias globais de valor e correm o risco de lançar a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação”, afirmou Gough.
Preocupação com interferência externa e respeito à soberania
Além dos danos econômicos, o embaixador alertou para a crescente prática de usar tarifas como forma de interferência em assuntos internos de outros países.
“Como uma democracia estável, o Brasil tem firmemente enraizados os princípios do Estado de Direito, da separação de poderes, do respeito às normas internacionais e da solução pacífica de controvérsias”, reforçou.
A crítica surge em um momento de tensões comerciais globais, marcado por disputas tarifárias entre grandes potências e o uso de medidas protecionistas com viés político.
Redação