Feira de Santana (BA) – O colorido típico das festas juninas já transforma o cenário urbano de Feira de Santana. Ruas, lojas e centros comerciais da cidade estão enfeitados com as tradicionais bandeirolas, que anunciam a chegada das celebrações de Santo Antônio, São João e São Pedro — símbolos da cultura nordestina que, assim como as luzes de Natal, despertam alegria, nostalgia e espírito comunitário.
Na emblemática rua Sales Barbosa, que liga as praças Fróes da Motta e da Bandeira e é passagem quase obrigatória para quem circula pelo centro da cidade, as bandeirinhas se estendem de ponta a ponta. As cores vibrantes dos enfeites chamam a atenção de quem passa, criando um ambiente acolhedor que celebra a identidade sertaneja e fortalece o sentimento de pertencimento.
Comércio junino aposta na ambientação para atrair consumidores
A avenida Senhor dos Passos, outro ponto de intenso movimento comercial, também entrou no clima. Na alameda Waldy Pitombo, além das bandeirolas, uma instalação em tamanho real de um casal de cangaceiros estilizados surpreende os visitantes logo na entrada, prontos para “entrar numa sala de reboco”, expressão típica das festas do interior nordestino.
Essa ambientação vai além da estética: é uma estratégia comercial poderosa. Especialistas e comerciantes apontam que a decoração temática aumenta a permanência dos clientes nas lojas e contribui para o crescimento das vendas durante o mês de junho. O barulho das bandeirinhas ao vento, somado aos cheiros e cores da festa, é quase uma trilha sonora emocional que mexe com a memória afetiva dos consumidores.
Tradição que impulsiona o varejo local
Em períodos como o São João, a decoração não é apenas uma tradição, mas uma expectativa silenciosa do público. Ruas sem bandeirolas ou vitrines sem elementos juninos parecem destoar da vibração coletiva. A presença dos adereços nas fachadas e calçadões ajuda a criar um ambiente festivo que estimula o consumo e reforça o elo cultural entre a cidade e sua população.
As bandeirolas, que homenageiam os três santos populares, são consideradas indispensáveis em qualquer arraiá — e, no comércio, elas ganham status de protagonistas. Feitas de papel colorido e cuidadosamente dispostas como tetos festivos, elas ajudam a transformar o cotidiano urbano em um grande palco de celebração nordestina.
Redação com informações da Secom/PMFS